Domínios de alto nível de código de paísIDNDNSSEC
Visão geral
.br é o domínio de nível superior com código de país (ccTLD) da internet para o Brasil. Lançado em 18 de abril de 1989, destina-se a entidades conectadas ao Brasil e é amplamente utilizado em todo o país. Os serviços de registro e manutenção são fornecidos pelo Registro.br sob a coordenação do CGI.br, com o NIC.br atuando como braço executivo.
História
- Delegado em 1989 (Jon Postel) e originalmente administrado pela FAPESP e operado manualmente.
- Sistema de registro automatizado em 1997.
- Em 1995, o CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil) foi criado para coordenar a alocação de IPs e a política de registro de domínios .br.
- Em 2005, o NIC.br foi criado como braço executivo do CGI.br; o Registro.br agora lida com o registro e a manutenção.
- Incidentes internacionais: em 2017, pesquisadores relataram contas comprometidas relacionadas a DNS ligadas a registros de DNS de bancos brasileiros; o NIC.br reconheceu uma vulnerabilidade, embora tenha contestado a afirmação de um "hack" direto.
Uso e público-alvo
- Em 9 de setembro de 2024, havia 5.388.244 domínios registrados sob .br.
- O .br é um dos maiores domínios de nível superior com código de país (ccTLDs) globalmente (listado entre os principais ccTLDs) e o domínio de nível superior (TLD) mais utilizado em língua portuguesa.
- A grande maioria dos registros .br está sob .com.br (mais de 90% dos registros .br).
- Registrantes típicos:
- Empresas e organizações brasileiras (comerciais, sem fins lucrativos, autoridade pública)
- Indivíduos e profissionais autônomos (com CPF)
- Instituições educacionais e de pesquisa (algumas permitiram registros diretos de segundo nível)
Regras de registro
- Registro/operador: Registro.br (supervisão do NIC.br / CGI.br).
- Elegibilidade e presença local:
- Os registrantes devem ser legalmente estabelecidos no Brasil (CNPJ para pessoas jurídicas) ou pessoas físicas com CPF; empresas estrangeiras podem se registrar, mas devem nomear um procurador legalmente estabelecido no Brasil e fornecer documentação autenticada/consularizada e traduções conforme necessário.
- Identificação e documentos:
- Os registros exigem CPF (indivíduo) ou CNPJ (pessoa jurídica) ou procuração apropriada e documentos autenticados para entidades estrangeiras.
- Regras de caracteres e sintaxe:
- Mínimo de 2 e máximo de 26 caracteres para o rótulo mais específico (excluindo a categoria de segundo nível como .com.br).
- Caracteres permitidos: letras (A–Z), dígitos (0–9), hífen (-) e caracteres acentuados em português: à, á, â, ã, é, ê, í, ó, ô, õ, ú, ü, ç.
- Os nomes não podem consistir apenas de números e não podem começar ou terminar com um hífen.
- O sistema de registro impõe um mapeamento de equivalência entre as versões acentuadas e não acentuadas (e remove hífens) para evitar duplicatas confusas; um domínio só é permitido se não existir um equivalente ou se o requerente já possuir o equivalente.
- Nomes de domínio internacionalizados:
- Domínios com caracteres em português são aceitos desde 2005; o Registro.br recomenda registrar ambas as variantes, acentuadas e não acentuadas.
- Períodos de registro e taxas:
- (Nenhum período mínimo/máximo de registro específico ou detalhes de preços fornecidos na fonte.)
Domínios de segundo nível e estrutura
- A maioria dos registros ocorre no terceiro nível sob domínios de segundo nível predefinidos (DPNs), como .com.br, .org.br, .edu.br, .gov.br, etc.
- As categorias incluem Genérica, Negócios, Cultura, Educação, Pessoais, Entretenimento, Autoridade Pública, Localidades (específicas da cidade), Profissões, Tecnologia e Terceiro Setor.
- Exemplos de domínios de segundo nível comumente usados:
- .com.br — atividades comerciais (dominante; >90% dos registros)
- .net.br — atividades comerciais
- .org.br / .ong.br — organizações sem fins lucrativos
- .edu.br — instituições de ensino superior (requer comprovação)
- .gov.br, .mil.br, .jus.br — categorias de autoridade pública (alguns exigem autorização)
- DPNs específicos para profissões: .adv.br (advogados), .med.br (médicos), .eng.br (engenheiros), etc.
- DPNs de cidade/localidade: .rio.br, .sampa.br, .recife.br, etc.
- DPNs e regras especiais/temporárias:
- Historicamente, .can.br foi usado para candidatos eleitorais (2000–2009); sem novos registros .can.br desde 2009.
- A legislação (final de 2024) exige que os operadores de jogos de azar online licenciados usem .bet.br a partir de janeiro de 2025; operadores sem .bet.br são considerados ilegais sob essa regra.
- DNSSEC:
- O DNSSEC é suportado para .br e obrigatório para certos domínios de segundo nível (por exemplo, .b.br para bancos, .jus.br, variantes .juz.br / .jus.br, .def.br, .mp.br, .tc.br) conforme definido pela política do Registro.br.
SEO e impacto na marca
- Popularidade e relevância local:
- A grande utilização e dominância do .br no Brasil o tornam um forte sinal de branding local e confiança para o público brasileiro.
- Sinais de segurança e confiança:
- A adoção do DNSSEC para certas categorias (bancos, judiciário, instituições públicas) aumenta a segurança e a confiança para esses domínios.
- Participação de mercado:
- A alta concentração de registros sob .com.br (o namespace de segundo nível mais reconhecido) reforça a visibilidade comercial do .br dentro do Brasil.
Casos notáveis
- Incidente de DNS/conta de 2017: pesquisadores de segurança relataram que os registros DNS de bancos brasileiros foram afetados por contas comprometidas; o NIC.br reconheceu uma vulnerabilidade em seu site que estava relacionada ao incidente.
- Controvérsia .бг (cirílico da Bulgária): a ICANN inicialmente rejeitou o .бг cirílico por ser confusamente semelhante a .br; processos posteriores levaram à adição de .бг à raiz e à delegação para a Bulgária (essa controvérsia envolveu preocupações de similaridade levantadas por representantes brasileiros).
- Snapshot das estatísticas de uso (9 de setembro de 2024):
- Total de registros .br: 5.388.244
- Domínios usando DNSSEC: 1.629.955 (conforme estatísticas do Registro.br)
- Um pequeno conjunto (cerca de 1.207) permanece registrado diretamente no segundo nível sob .br (alocações históricas de universidades e agências).
Operador
Comite Gestor da Internet no Brasil
Whois
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